Igreja afasta padre que permitiu gravação de clipe de Sabrina Carpenter
O padre Jamie Gigantiello, que permitiu a gravação de um videoclipe polêmico da cantora norte-americana Sabrina Carpenter em sua igreja, em Nova York, foi afastado de suas funções nesta semana.
A divulgação do clipe da música Feather, em outubro de 2023, gerou uma investigação na igreja. Segundo a Diocese do Brooklyn, Gigantiello foi acusado de má administração e perdeu toda supervisão pastoral e responsabilidades de governança na paróquia.
De acordo com o National Catholic Reporter, a investigação revelou que o padre transferiu quase US$ 2 milhões para o ex-chefe de gabinete do prefeito de Nova York e utilizou o cartão de crédito da paróquia para despesas pessoais, violando normas da igreja.
O bispo do Brooklyn, Robert Brennan, lamentou os resultados da investigação e afirmou que está nomeando o bispo auxiliar Witold Mroziewski como administrador paroquial para "proteger os recursos da igreja e restaurar a confiança pública".
Gigantiello classificou sua demissão como uma "caça às bruxas" e declarou que a situação "está causando um escândalo na igreja". Ele disse que havia recebido aprovação para investir os recursos da paróquia e que agora está sendo "descreditado", razão pela qual decidiu expor sua versão dos fatos.
Vídeo polêmico
O videoclipe de Feather, lançado no Halloween de 2023, aborda a vingança de Sabrina Carpenter contra homens que, ao longo do clipe, sofrem mortes trágicas.
A produção mostra a cantora dirigindo um carro fúnebre rosa até a Igreja Nossa Senhora do Monte Carmelo, conhecida por sua fachada de tijolos vermelhos. Dentro da igreja, Carpenter faz coreografias provocantes diante do altar, usando um vestido curto preto e um véu, cercada por caixões.
Feather video out tonight 12am est/9pm pst happy halloweeeeeeen💖 pic.twitter.com/1XAokBQRuK
— Sabrina Carpenter (@SabrinaAnnLynn) October 30, 2023
Após a repercussão, Gigantiello enviou uma carta aos paroquianos em novembro de 2023, reconhecendo que permitir a gravação foi um "erro de julgamento". Ele afirmou não ter supervisionado o processo de filmagem e que não imaginava que o conteúdo seria provocativo. Mesmo assim, a igreja iniciou uma investigação, informou a CBS News.