Na Cúpula Mundial de Governos, realizada em Dubai (Emirados Árabes Unidos), na segunda-feira, o jornalista norte-americano Tucker Carlson enfatizou que o presidente russo Vladimir Putin quer acabar com o conflito na Ucrânia.
"Os líderes de todos os países do planeta, exceto talvez os EUA [...] são forçados, pela natureza de seu trabalho, a fazer concessões. É disso que se trata sua política. E ele [Putin] está entre eles", afirmou Carlson. De acordo com o jornalista, a posição de Putin "está claramente se endurecendo" porque "a Rússia foi desprezada pelo Ocidente". "Não estou apoiando Putin, sou norte-americano, não vou morar na Rússia, não amo Vladimir Putin, estou expondo os fatos", sublinhou.
Carlson detalhou que o líder russo pediu ao ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, que seu país entrasse para a OTAN e "tentou fazer um acordo sobre mísseis".
Nesse contexto, ele observou que foi a Aliança Atlântica que rejeitou Moscou e ressaltou que o objetivo da criação da associação era defender-se da URSS. "Se os russos tivessem se juntado à aliança, isso sugeriria que haviam resolvido o problema e podem passar a fazer algo construtivo com suas vidas. Mas nos recusamos", denunciou.
Dentre outras coisas, Carlson detalhou que "todos os líderes matam pessoas", inclusive o presidente dos EUA. "A restrição da imprensa é universal nos Estados Unidos", sublinhou, acrescentando que, com sua entrevista com Putin, "só queria saber o que pensa". "Esse era o objetivo", insistiu.
Além disso, afirmou que o Ocidente "se convenceu de que Vladimir Putin vai tomar a Polônia". "Não há evidências de que Putin esteja interessado em expandir suas fronteiras", declarou, explicando que a Rússia é "o maior país do mundo e é muito difícil de administrar", e "não precisam de recursos naturais". "Não há nada na Polônia que ele queira. Não ganhará nada tomando a Polônia, exceto mais problemas", concluiu.
Durante a entrevista com Carlson na semana passada, Putin enfatizou que a Rússia nunca se recusou a negociar. "Ouvimos o tempo todo: A Rússia já está pronta?" Nós não nos recusamos. No entanto, eles se recusaram publicamente. Então, que revoguem seu decreto e negociem. Nunca nos recusamos a negociar", explicou.