África do Sul indica prioridades do primeiro G20 na África

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, prometeu, em declaração na cúpula do G20 nesta terça-feira, usar a presidência de seu país para promover "firmemente" as prioridades de desenvolvimento da África e do Sul Global.
Ao assumir a presidência do G20, após o Brasil, Ramaphosa elogiou a "liderança inspiradora" e "muito bem sucedida" do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente sul-africano também parabenizou todos os países do G20, sob a liderança do Brasil, por adotarem a declaração final que, segundo ele, "descreve as ações que devemos tomar juntos para construir um mundo melhor".
Primeiro da África
Ramaphosa destacou que a África do Sul será o primeiro país africano a presidir o G20. "Usaremos esse momento para trazer as prioridades de desenvolvimento do continente africano e do Sul Global com mais firmeza para a agenda do G20", afirmou.
Ele ressaltou que seu país dará especial atenção a questões como crescimento econômico, com foco em industrialização, emprego e igualdade, segurança alimentar e inteligência artificial, adotando o tema "solidariedade, igualdade e sustentabilidade".
"Tentaremos fortalecer a solidariedade. Seja em Gaza, no Sudão ou na Ucrânia, todos nós devemos nos solidarizar com as pessoas que estão enfrentando dificuldades e sofrimento", declarou Ramaphosa, que também fez um apelo urgente para o combate ao surto de m-pox no continente africano.
Em relação à sub-representatividade dos países africanos no G20, o presidente comprometeu-se a garantir que "ninguém fique para trás".
Anteriormente, a África do Sul era a única voz africana no grupo das 20 principais economias do mundo, até que a União Africana, que reúne 55 países africanos, foi formalmente admitida como membro no ano passado.