Notícias

Xi e Lula se reúnem em Brasília e assinam acordos estratégicos

O encontro, que deve começar às 10h, terá como ponto principal assinatura de acordos na área tecnológica e comercial, como também a discussão de pautas internacionais.
Xi e Lula se reúnem em Brasília e assinam acordos estratégicosAgência Brasil/ Ricardo Stuckert / PR

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se reuniu nesta quarta-feira com seu homólogo chinês, Xi Jinping, para discutir temas centrais da agenda internacional e acordos que devem fortalecer as relações entre as duas potências do Sul Global.

O encontro tem como foco principal as relações bilaterais, com a assinatura de vários acordos nas áreas tecnológica e comercial, informou O Globo.

Xi deve chegar ao Palácio da Alvorada às 10h para a assinatura dos atos e, em seguida, participar de uma coletiva à imprensa.

Um dos temas importantes para a China será a cooperação no contexto da iniciativa da Nova Rota da Seda. No entanto, ainda não se sabe se o Brasil irá aderir plenamente ao projeto, já que, de acordo com fontes do Itamaraty, o país prefere falar em cooperação, e não adesão.

Espera-se também que os líderes discutam novos investimentos e projetos chineses no Brasil.

Os principais temas serão a transição energética, inovação, crescimento inclusivo e sustentável, conectividade e desenvolvimento industrial, conforme afirmou à imprensa Luiz Augusto de Castro Neves, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China.

Fontes do governo destacaram os projetos na área de tecnologia, como a implementação da tecnologia 5G em celulares e a construção de novos satélites.

Na terça-feira, o Brasil assinou acordos históricos com a Administração Nacional de Dados da China e a empresa chinesa SpaceSail, que busca competir com a Starlink de Elon Musk.

Os acordos devem impulsionar as tecnologias de telefonia e satélites no Brasil e preveem a entrada da empresa chinesa no mercado nacional, atualmente dominado pela Starlink.

  • Além dos temas bilaterais, os líderes também discutirão questões internacionais, como a iniciativa conjunta para a resolução pacífica do conflito ucraniano e a resposta à ameaça de medidas protecionistas que podem ser adotadas pelo futuro governo Trump nos EUA.