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Venezuela critica Edmundo Gonzalez por pedir sanções contra seu próprio país

Na véspera, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou uma lei reforçando as medidas coercitivas contra a economia do país sul-americano.
Venezuela critica Edmundo Gonzalez por pedir sanções contra seu próprio paísAP / Bernat Armangue

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, acusou na terça-feira o ex-candidato presidencial Edmundo González Urrutia, que se reuniu com o Alto Representante da União Europeia (UE) para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, de solicitar sanções contra seu próprio país à UE e ao Governo dos Estados Unidos.

"Após essa conversa 'muito produtiva', sai um comunicado de imprensa da UE dizendo: 'Estamos preparando sanções contra a Venezuela'. Em outras palavras, esse velho bêbado (González Urrutia), esse velho imbecil, está pedindo sanções contra a Venezuela na Europa e nos EUA", explicou o parlamentar. 

Crimes contra a humanidade

Seus comentários foram parte de uma reflexão mais ampla sobre as implicações de um projeto de lei aprovado no dia anterior na Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, que usa o nome de Simón Bolívar, o maior herói da Venezuela.

A proposta, que reforçaria as sanções e os bloqueios econômicos impostos por Washington há mais de cinco anos, foi imediatamente condenada pelo governo do presidente Nicolás Maduro, que a qualificou como uma "ofensa" à memória do herói, conhecido por ser um dos principais arquitetos da independência de seis nações do Império Espanhol.

"Com uma intenção grosseira, para zombar, eles dão a esse documento de agressão e de persistência no erro um nome que nada mais faz do que mostrar na cara deles o quanto são baixos, o lixo que são, porque é uma lei, um ato, para insistir e persistir em algumas das ações mais agressivas que nossa república já conheceu e que têm as características de crimes contra a humanidade", considerou Jorge Rodríguez.

Ele acrescentou que "as sanções são crimes contra a humanidade, prefigura e inclui crimes contra a humanidade, porque visam exterminar a liberdade, especialmente a liberdade econômica", e classificou como criminosos os venezuelanos que solicitam e apoiam a aplicação dessas medidas coercitivas.

"Quem é mais bárbaro, quem é mais criminoso? Aquele que joga bombas 'só para matar gente' na forma de sanções ou aquele que assassinou uma pessoa? Quantas vidas as sanções já nos custaram, quanta angústia, quanta dificuldade? Eu me pergunto por quanto tempo", comparou.

Como forma de reparação, Rodríguez propôs ao Parlamento a elaboração e aprovação de uma "Lei Especial Libertador Simón Bolívar", que teria como objetivo enfrentar "o bloqueio" e "defender a República Bolivariana da Venezuela".