Na sessão de encerramento da Cúpula do G20 nesta terça-feira, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, passou o martelo da presidência do G20 ao presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e fez um resumo do evento realizado nos dias 18 e 19 de outubro, no Rio de Janeiro.
"Esta não é uma transmissão de presidência comum – é a expressão concreta dos vínculos históricos, econômicos, sociais e culturais que unem a América Latina e a África", afirmou Lula.
Entre os destaques da cúpula, o presidente brasileiro mencionou o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e o início de um debate inédito sobre a taxação de super-ricos, além da aprovação do primeiro documento multilateral sobre bioeconomia.
"Indonésia, Índia, Brasil e, agora, África do Sul trazem à mesa perspectivas que interessam à vasta maioria da população mundial. Partindo de Bali, passando por Nova Délhi e chegando ao Rio de Janeiro, buscamos promover medidas com impacto concreto sobre a vida das pessoas", declarou Lula.
Ele também destacou que, durante o evento, os países africanos ganharam voz no debate sobre o endividamento.
Definimos princípios-chave sobre comércio e desenvolvimento sustentável e adotamos o compromisso de triplicar a capacidade global de energias renováveis até 2030.
Lula também anunciou que foi aprovada a Estratégia para Promover a Cooperação em Inovação Aberta, a fim de combater as assimetrias na produção científica, e revelou que uma força-tarefa sobre a governança da inteligência artificial foi estabelecida no G20.
Apesar de reconhecer que apenas se tocou "a superfície dos profundos desafios" enfrentados pelo mundo, o presidente afirmou que "deixamos a lição de que, quanto maior for a interação entre as trilhas de sherpas e de finanças, maiores e mais significativos serão os resultados dos nossos trabalhos".