Republicana quer proibir mulheres trans de usar banheiros femininos no Capitólio dos EUA
A representante republicana da Carolina do Sul, Nancy Mace, apresentou na segunda-feira uma resolução para proibir mulheres transgênero de usarem banheiros femininos no Capitólio dos Estados Unidos.
"Homens biológicos não têm lugar nos espaços privados das mulheres. Ponto. Ponto final. Fim da história", escreveu ela ao compartilhar a resolução em sua conta no X (antigo Twitter).
A medida proibiria qualquer membro da Câmara dos Representantes de usar "instalações de um gênero que não correspondam ao seu sexo biológico" no Capitólio, incluindo banheiros e vestiários, conforme o documento.
Biological men do not belong in private women’s spaces. Period. Full stop. End of story. pic.twitter.com/IhR7kExkBU
— Rep. Nancy Mace (@RepNancyMace) November 18, 2024
A proposta surge menos de dois meses antes de Sarah McBride, deputada eleita de Delaware, se tornar a primeira membro transgênero do Congresso.
Quando questionada sobre se a resolução visava atacar McBride, Mace respondeu: "Sarah McBride não tem voto na matéria", acrescentando que "ele é um homem biológico tentando se impor nos espaços das mulheres". "Eu não vou tolerar isso", afirmou.
"Guerras culturais"
Sarah McBride, por sua vez, criticou a resolução como uma "tentativa flagrante de extremistas de extrema-direita de distrair a atenção" dos problemas reais enfrentados pelos norte-americanos, e pediu que o foco fosse voltado para questões como o custo de vida, cuidados com a saúde e crianças, em vez de "fabricar guerras culturais".
Em sua conta no X, McBride também expressou a esperança de que o Congresso mostre "gentileza", destacando que todos os dias os norte-americanos trabalham ao lado de pessoas com diferentes estilos de vida e demonstram respeito.
Mace, ao promover a resolução, afirmou que a medida defende os direitos das mulheres biológicas, argumentando que permitir a entrada de homens biológicos nas instalações femininas colocaria em risco a segurança e a dignidade das mulheres no Capitólio.
*O movimento internacional LGBT é classificado como uma organização extremista no território da Rússia e proibido no país.