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Reino Unido teve "lucros fabulosos com o sangue e a tragédia dos ucranianos", afirma Nebenzia
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Durante quase três anos de apoio militar à Ucrânia, o Reino Unido obteve grandes lucros com "o sangue e a tragédia dos ucranianos comuns", afirmou o representante permanente da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, nesta segunda-feira.
O representante russo também declarou que o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, teme uma possível auditoria sobre os recursos enviados ao país, que poderia ser conduzida pelo novo presidente dos Estados Unidos.
"Por uma questão de transparência, os organizadores da reunião de hoje deveriam ter compartilhado conosco informações sobre os fabulosos lucros que o Reino Unido obteve durante quase três anos de apoio militar à Ucrânia, como suas empresas de armamentos enriqueceram com o sangue e a tragédia dos ucranianos comuns, e como o Ministério da Defesa britânico conseguiu descartar com sucesso equipamentos militares antigos que deveriam ter sido descartados de qualquer maneira", disse Nebenzia.
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O diplomata russo também ressaltou a corrupção associada a esse processo, lembrando que, após a vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA, "a elite ucraniana entrou em pânico, não porque os EUA pudessem reconsiderar sua ajuda à Ucrânia, mas porque as novas autoridades poderiam querer verificar todo o dinheiro enviado e realizar uma auditoria completa da ajuda já fornecida".
Segundo Nebenzia, esse cenário é particularmente assustador para Zelensky, já que "uma parte significativa da ajuda é simplesmente saqueada e desviada" pelo líder ucraniano e sua equipe.
"Moedor de carne inútil"
Nebenzia também afirmou que os ucranianos há muito tempo deixaram de querer lutar.
"O regime de Kiev, depois bloquear a saída de homens do país, agora está os capturando nas ruas, inclusive usando armas de fogo, e jogando-os em um moedor de carne inútil, praticamente sem treinamento", explicou.
Ele acrescentou que a frente oriental das Forças Armadas ucranianas no Donbass está entrando em colapso, com base no ritmo dos avanços do Exército russo.
Enquanto isso, para manter o apoio ocidental, Zelensky fez uma incursão "absolutamente insensata" na província de Kursk e, afirma o diplomata, tentou minar a usina nuclear da região.
Esse ataque, segundo Nebenzia, custou a vida de "várias dezenas de milhares de soldados bem treinados" para as Forças Armadas ucranianas.
"Essa aventura foi um erro fatal e apenas acelerou a derrota iminente da Ucrânia no campo de batalha, que nenhum novo armamento ocidental poderá impedir", concluiu o representante russo.