A Polícia Federal iniciou a Operação Contragolpe para investigar uma organização criminosa supostamente envolvida em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. A informação foi divulgada pelo g1 nesta terça-feira.
Cinco pessoas foram presas com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Entre os detidos estão quatro militares das Forças Especiais do Exército, da ativa e da reserva, conhecidos como "kids pretos", além de um policial federal.
Um dos presos foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República em 2022 e atualmente trabalha como assessor do deputado e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Segundo a imprensa brasileira, a PF investiga um suposto plano para matar o presidente Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Provas em material recuperado
A Polícia Federal analisou nesta terça-feira os dados de militares que já estavam sob investigação. Parte das provas foi recuperada de arquivos apagados de aparelhos do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Cid está sendo investigado por diversos crimes supostamente cometidos durante o governo Bolsonaro.
O coronel deve prestar novo depoimento nesta terça-feira.
- Mauro Did foi preso pela primeira vez em maio de 2023, em uma operação que investigava a falsificação de cartões de vacinação de Bolsonaro, familiares e assessores. Solto posteriormente, voltou a ser preso em 22 de março de 2024 por obstrução de justiça e descumprimento de medidas cautelares.