Países da Europa se preparam para possíveis conflitos com Rússia
Vários países europeus começaram a aprimorar suas estratégias militares e a preparar a população para possíveis crises e conflitos no território europeu, conforme informaram a mídia local e autoridades.
Na Alemanha, as Forças Armadas [Bundeswehr] estão treinando empresas e a população para eventuais conflitos de grande escala no continente, conforme noticiado pela revista Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ) nesta segunda-feira.
De acordo com a publicação, as medidas estão detalhadas em um "Plano de Operações Alemão", com a primeira versão do documento, que possui mil páginas, sendo mantida em sigilo.
A revista também destaca que o papel da economia, em caso de um ataque russo no Leste, está claramente definido em um documento estratégico secreto. Este plano visa orientar ações em situações de defesa ou de tensão, caso uma manobra russa seja respondida com dissuasão, segundo a FAZ.
"Em caso de crise ou guerra"
Nesta segunda-feira, a Agência Sueca de Contingências Civis, órgão do governo da Suécia, lançou o folheto "Em caso de crise ou guerra", alertando que o país vive "tempos ameaçadores que podem gerar preocupação ou insegurança".
De acordo com a agência, o documento será distribuído para todas as famílias suecas e também estará disponível no site em inglês.
Desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, as autoridades suecas têm apelado repetidamente para que a população se prepare para um possível conflito.
Da mesma forma, o Ministério do Interior da Finlândia publicou um novo guia, que, segundo as autoridades, "trata de situações com grande impacto na sociedade e nas comunidades". As autoridades ressaltaram que a preparação é uma "habilidade cívica" essencial na atual situação global.
- Juntamente com a Alemanha, os dois países nórdicos são membros da OTAN. A Finlândia e a Suécia aderiram à aliança após o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, em 2022 e 2023, respectivamente, abandonando sua neutralidade.
- A adesão dos dois países, especialmente a da Suécia, foi dificultada pela oposição de alguns membros da OTAN, principalmente da Turquia e da Hungria.