Os estados-membros da União Europeia não chegaram a um acordo para permitir que a Ucrânia use armas ocidentais de longo alcance para atacar alvos dentro do território internacionalmente reconhecido da Rússia, disse o Alto Representante do bloco para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, na segunda-feira.
O governo dos EUA, no entanto, autorizou Kiev a usar mísseis com alcance de até 300 quilômetros para atacar o território russo, confirmou Borrell ao final de uma reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE.
Em setembro, Putin disse que se fosse tomada a decisão de permitir que a Ucrânia atacasse o território russo reconhecido internacionalmente com armas ocidentais de longo alcance, isso significaria que os países da OTAN "estariam em guerra com a Rússia". "E se assim for, com o objetivo de mudar a natureza do conflito, tomaremos as decisões adequadas, dependendo das ameaças que vão surgir", acrescentou, na ocasião.
Todos os peritos confirmam isso, os nossos e os do Ocidente: o exército ucraniano não é capaz de realizar ataques com sistemas modernos e altos de grande distância da produção ocidental, ele não pode fazer isso, afirmou Putin em setembro.
- No domingo, a mídia ocidental informou que o presidente dos EUA, Joe Biden, havia dado luz verde ao regime de Kiev para lançar ataques com mísseis de longo alcance contra a província russa de Kursk.
Desde que recebeu o Storm Shadow e o ATACMS, Kiev tem atacado repetidamente a península russa da Crimeia com essas armas, bem como as quatro novas regiões da Rússia (repúblicas de Donetsk e Lugansk, províncias de Kherson e Zaporozhie), territórios que a Ucrânia considera como seus.