Brasil e Argentina assinarão acordo de importação de gás natural argentino

Acordo visa ampliar o fornecimento de gás de Vaca Muerta para aumentar a oferta para o mercado interno nos próximos anos.

Segundo informou no domingo o ministro brasileiro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o Brasil firmará com o governo de Javier Milei um acordo para ampliar as importações de gás natural argentino. 

O acordo será assinado nesta segunda-feira, em paralelo às reuniões dos chefes de Estado na cúpula do G20 no Rio de Janeiro, que está sendo realizada nos dias 18 e 19 de novembro. 

"Nós queremos aumentar a oferta de gás no Brasil e, consequentemente, diminuir o preço. Isso porque nós precisamos, além de tratar o gás como uma energia de transição, aumentar o volume para diminuir o preço e reindustrializar o Brasil", declarou Silveira ao Globo. 

De acordo com o informado, o contrato busca abrir rotas alternativas para transportar ao Brasil o gás de Vaca Muerta, campo de petróleo localizado na Bacia de Neuquén, no norte da Patagônia, Argentina. 

O Governo brasileiro espera que no início do ano que vem, a importação de gás do país vizinho atingirá 2 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia), aumentando paulatinamente para 10 milhões de m³/dia nos próximos três anos. Prevê-se que, até 2030, o volume importado atinja 30 milhões de m³/dia

Além disso, segundo as perspectivas, o gás de Vaca Muerta, que custa US$ 2 por milhão de BTUs (unidade de referência nesse mercado) na Argentina, custará entre US$ 7 e US$ 8, ao chegar no Brasil.