O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se reuniu no domingo, véspera da cúpula do G20 no Rio de Janeiro, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Durante o encontro, a dirigente europeia expressou seu "pleno apoio" à iniciativa brasileira Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, conforme publicou em sua conta no X.
Além disso, von der Leyen afirmou nas redes sociais que os dois discutiram o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. "É um acordo de grande importância econômica e estratégica", declarou.
Impasse duradouro
O acordo Mercosul-UE vem sendo negociado há mais de duas décadas e foi assinado em 2019. No entanto, a ratificação do acordo foi interrompida devido à pandemia de Covid-19 e às críticas da UE sobre o não cumprimento das metas ambientais pelos países do Mercosul.
Durante seu terceiro mandato presidencial, Lula tem se dedicado a negociar e buscar a ratificação do acordo entre o bloco sul-americano e a UE, mas enfrentou as mesmas objeções e críticas europeias.
Os países que mais se opuseram ao acordo de livre comércio foram Irlanda e França, que até o momento mantêm uma postura firme contra o pacto com o Mercosul.
A ratificação também tem sido dificultada pelo receio dos agricultores europeus com relação ao impacto da abertura do mercado da UE para produtos latino-americanos.
As negociações também foram prejudicadas por desentendimentos de Lula com as pressões e exigências da UE.
"A versão era inaceitável, nos tratava como se fôssemos países colonizados", comentou o presidente brasileiro sobre alguns termos do acordo ainda não assinado.