China reage à permissão dos EUA para uso de mísseis de longo alcance contra a Rússia

"A China sempre incentivou e apoiou todos os esforços voltados para uma solução pacífica da crise", declarou o porta-voz da Chancelaria chinesa.

O ponto mais importante sobre o conflito na Ucrânia é a redução rápida das tensões e a busca por uma solução política, afirmou nesta segunda-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, ao jornal The Paper.

"A prioridade é esfriar a situação o mais rápido possível", disse Lin Jian ao comentar relatos de que os EUA teriam autorizado Kiev a realizar ataques com mísseis de longo alcance no território russo.

"A China sempre incentivou e apoiou todos os esforços voltados para uma solução pacífica da crise e está disposta a continuar desempenhando um papel construtivo, à nossa maneira, na resolução política da crise ucraniana", acrescentou.

O porta-voz também foi questionado sobre informações levantadas pela agência de inteligência da União Europeia a respeito de uma suposta cooperação entre a China e a Rússia na produção de drones militares.

Em resposta, Lin Jian destacou que Pequim sempre adotou uma postura "prudente e responsável" em relação à exportação de armas.

Segundo ele, a China nunca forneceu armamentos letais a partes envolvidas em conflitos e controla rigorosamente a exportação de drones militares e de uso duplo, em conformidade com suas leis e regulamentações.

"Esperamos que países e indivíduos relevantes evitem especulações infundadas, calúnias ou difamações contra a China sem base factual", concluiu.