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Le Figaro apaga frase sobre ataques da Ucrânia ao território russo

A publicação original mencionava que Paris e Londres haviam aprovado o uso de mísseis Storm Shadow.
Le Figaro apaga frase sobre ataques da Ucrânia ao território russoGettyimages.ru / Richard Baker / In Pictures

O jornal francês Le Figaro retirou do ar uma reportagem publicada anteriormente, na qual afirmava que o Reino Unido e a França haviam autorizado a Ucrânia a atacar, com mísseis de longo alcance Storm Shadow, o território russo reconhecido internacionalmente.

A versão original da reportagem dizia: "A decisão era esperada. Os franceses e os britânicos haviam autorizado a Ucrânia a realizar ataques em profundidade no território russo usando seus mísseis SCALP/Storm Shadow. Joe Biden, após meses de insistentes apelos, deu luz verde a Vladimir Zelensky para usar contra a Rússia os mísseis norte-americanos ATACMS, com alcance de 300 quilômetros."

No entanto, no momento o site do jornal apresenta a seguinte versão: "A decisão era esperada: Joe Biden, após meses de pedidos insistentes, deu luz verde a Vladimir Zelensky para usar contra a Rússia mísseis norte-americanos ATACMS com alcance de 300 quilômetros". Suprime-se a informação sobre os franceses e britânicos.

Enquanto isso, o jornal The Times, de acordo com fontes do governo britânico, informou que os EUA possivelmente ainda não autorizaram a Ucrânia a utilizar os mísseis Storm Shadow.

"Os ATACMS autorizados por Biden têm especificações militares diferentes das dos mísseis Storm Shadow. Isso pode indicar que os EUA continuam sem permitir o uso dos Storm Shadow, apesar das solicitações particulares do governo ucraniano", relatou o jornal.

Foi acrescentado que, embora esses mísseis sejam de fabricação britânica, seu uso requer tecnologia norte-americana, que necessita de aprovação prévia.

No domingo, várias mídias ocidentais noticiaram que o presidente dos EUA, Joe Biden, juntamente com autoridades do Reino Unido e da França, havia autorizado o regime de Kiev a realizar ataques com mísseis de longo alcance contra a região russa de Kursk.