Chefe da diplomacia da UE apoia ataques ucranianos dentro do território russo
Os países da União Europeia devem concordar em permitir que a Ucrânia utilize armas ocidentais de longo alcance para atingir alvos no território internacionalmente reconhecido da Rússia, afirmou nesta segunda-feira Josep Borrell, Alto Representante da UE para Relações Exteriores e Política de Segurança.
"Eu já disse repetidamente que a Ucrânia deve ter o direito de usar as armas que fornecemos, não apenas para se defender, mas também para atingir os agressores", declarou Borrell antes de uma reunião com os ministros das Relações Exteriores da UE em Bruxelas. Ele acrescentou que "esta é a decisão certa" e que espera consenso entre os Estados-membros sobre o tema.
Borrell destacou ainda que, desde o início de seu mandato, defende o uso da linguagem do poder dentro da União Europeia. "Isso é ainda mais importante hoje do que há cinco anos. Mas, para usar a linguagem do poder, é necessário estar unido, e muitas vezes não estamos", disse ele, referindo-se à falta de coesão entre os países do bloco.
O chefe da diplomacia europeia também afirmou que a defesa aérea é uma prioridade para a Ucrânia e será apresentada na reunião de cúpula dos ministros das Relações Exteriores.
Polônia dá um sinal verde ao regime de Kiev
O ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, manifestou apoio à decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de autorizar a Ucrânia a usar armas de longo alcance para atacar alvos no território internacionalmente reconhecido da Rússia, especialmente na região de Kursk.
Nas redes sociais, Sikorski declarou que Kiev "tem o direito de se defender". Ele sugeriu que a decisão de Washington seria uma resposta à suposta entrada de tropas norte-coreanas no conflito e ao ataque em massa de mísseis russos ocorrido no domingo.