NYT: Biden permite que a Ucrânia ataque a Rússia com mísseis de longo alcance dos EUA
Joe Biden autorizou, pela primeira vez, a Ucrânia a atacar o interior do território russo com mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA, informou o The New York Times no domingo, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
"As armas provavelmente serão usadas inicialmente contra tropas russas e norte-coreanas em defesa das forças ucranianas na região de Kursk, no oeste da Rússia", disseram as autoridades norte-americanas, cujos nomes não foram fornecidos.
De acordo com o artigo, a decisão "representa uma grande mudança na política dos EUA". No entanto, as autoridades afirmaram que "não esperam" que essa medida "altere fundamentalmente o curso” do conflito entre Moscou e Kiev, mas sim que "envie uma mensagem aos norte-coreanos de que suas forças são vulneráveis e que eles não devem enviar mais".
"As autoridades disseram que, embora os ucranianos provavelmente usem os mísseis primeiro contra as tropas russas e norte-coreanas que ameaçam as forças ucranianas em Kursk, Biden poderia autorizá-los a usar as armas em outros lugares", observa o veículo.
Nesse contexto, algumas autoridades dos EUA alertaram que o uso de mísseis pela Ucrânia "do outro lado da fronteira poderia levar o presidente russo Vladimir Putin a retaliar com força contra os Estados Unidos e seus parceiros de coalizão". Ao mesmo tempo, há aqueles que "disseram acreditar que tais temores eram exagerados".
- Até o momento, a Rússia não confirmou oficialmente a presença de tropas norte-coreanas na província russa de Kursk.
- Em meados de setembro, o presidente russo Vladimir Putin declarou que se a OTAN tomar a decisão de permitir que Kiev ataque o território russo reconhecido internacionalmente com armas de longo alcance, isso significaria que os países do bloco "estão em guerra com a Rússia".
- Vladimir Zelensky pediu várias vezes a Washington autorização e recursos para atacar profundamente o território russo com armas ocidentais.