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STF mantém prisão de Robinho

A ministra Cármen Lúcia destacou que a impunidade em casos de estupro é um incentivo à desumanidade, enquanto Gilmar Mendes foi o único a se manifestar a favor da soltura do jogador.
STF mantém prisão de RobinhoLegion-media.ru / Mateus Bonomi/AGIF/Sipa USA

A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia votou neste sábado pela manutenção da prisão do ex-jogador Robson de Souza, conhecido como Robinho, que cumpre pena de 9 anos por estupro desde março deste ano. O placar atual é de 5 a 1, com apenas um voto faltando para a maioria.

Cármen Lúcia acompanhou o voto do relator Luiz Fux, e também votaram a favor da manutenção da prisão os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, e Cristiano Zanin.

A ministra enfatizou que a "impunidade" em casos como esse representa "mais que um descaso, é um incentivo à continuidade da desumanidade e cinismo contra todas as mulheres no mundo".

O julgamento de dois habeas corpus começou em setembro, mas foi interrompido por um pedido de vista de Gilmar Mendes. O processo foi retomado em plenário virtual e seguirá até 26 de novembro.

Gilmar Mendes foi o único a se manifestar a favor da soltura de Robinho, argumentando pela suspensão do processo de homologação da sentença italiana no STJ. Ele pediu a liberação imediata do ex-jogador, caso seu voto seja vencido, mas ressaltou que sua posição não deve ser confundida com um juízo sobre a condenação na justiça italiana.

Robinho foi condenado em 2017 na Itália por um estupro ocorrido em 2013, enquanto jogava pelo Milan. O STJ validou a decisão italiana, permitindo que ele cumprisse pena no Brasil, e determinou que a execução da pena fosse imediata em regime fechado. A defesa do ex-jogador busca sua liberdade até que todos os recursos sejam esgotados.