Colômbia demonstra interesse de se juntar ao BRICS

O grupo oferece um ponto de vista alternativo, destacou o chanceler colombiano.

A Colômbia tem interesse em ingressar no BRICS, declarou o ministro das Relações Exteriores do país, Luis Murillo.

"Estamos observando com grande interesse o que está acontecendo agora no BRICS. A associação oferece um ponto de vista alternativo", afirmou Murillo em entrevista ao jornal russo Izvestia, publicada na sexta-feira.

Ao ser questionado sobre o desejo da Colômbia de se juntar ao grupo, o ministro confirmou o interesse do país.

Murillo também destacou que o mundo está se tornando multipolar, com a Rússia emergindo como um dos pólos principais. Segundo ele, a Colômbia apoia a multipolaridade "tanto nacional quanto internacionalmente" e defende decisões diplomáticas pacíficas.

Conflito ucraniano

Em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia, o chanceler colombiano afirmou que a Colômbia deseja que ambas as partes participem de negociações de paz. O ministro também indicou que, caso Ucrânia e Rússia solicitem, seu país estaria disposto a atuar como mediador.

Quanto à ajuda militar à Ucrânia, o chanceler colombiano reiterou a posição de seu país de "nada para a guerra, tudo para a paz", e afirmou que Bogotá busca promover um caminho político para as negociações.

Mercenários colombianos

Murillo também abordou o envolvimento de mercenários colombianos nos combates na Ucrânia, destacando que o governo da Colômbia se opõe a isso "em qualquer lugar do mundo".

"Promovemos a imagem da Colômbia como um país pacífico", frisou, ressaltando que o Estado não deve enviar mercenários, mas sim mediadores e ajuda humanitária.

O ministro enfatizou que o governo colombiano está trabalhando para garantir a transferência dos mercenários colombianos presos na Rússia, para que cumpram suas penas em território colombiano.

Vale lembrar que, no final de agosto, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) divulgou provas contra os colombianos Alexander Ante e José Aron Medina Aranda, que foram presos sob suspeita de atuarem como mercenários na Ucrânia. Eles podem pegar até 15 anos de prisão.