PF revela novas informações sobre o autor das explosões no STF

Segundo os relatos de vizinhos, Francisco Vanderlei Luiz, de 59 anos, não demonstrava comportamentos suspeitos, nem falava sobre política ou revolta contra o judiciário.

Francisco Vanderlei Luiz, de 59 anos, que planejou o ataque contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) na noite da quarta-feira passada, falou para os familiares e amigos que iria passar férias no litoral de Santa Catarina, mas na verdade foi para Ceilândia no Distrito Federal, informou a mídia brasileira nesta sexta-feira. 

De acordo com sua ex-mulher, ele pretendia matar Alexandre de Moraes, ministro do STF, e explodir a sede da organização. 

A Polícia Federal está investigando se outras pessoas entre os amigos e parentes de Francisco Vanderlei Luiz, estão envolvidos no ataque. No lugar onde morava o agressor a Polícia encontrou uma bomba, que, segundo os policiais, foi deixada como armadilha, prevendo a presença das forças de segurança depois do atentado. A operação foi realizada por robô, ninguém dos policiais ficou ferido. 

No espelho do banheiro foi encontrada a mensagem escrita para Débora Rodrigues, uma mulher presa por participar dos atos de 8 de janeiro, que escreveu com batom a frase "Perdeu mané" na estátua da justiça.

"Não desperdice batom, isso é para deixar mulheres bonitas", escreveu Francisco Vanderlei Luiz no espelho. 

Segundo os relatos de vizinhos, Francisco morava lá por três meses e não demonstrava comportamentos suspeitos, nem falava sobre política ou revolta contra o judiciário.

Presença na Câmara dos Deputados

No mesmo dia do ataque em Brasília, o autor de explosões foi registrado pelas câmeras de segurança dentro da Câmara dos Deputados. Ele passou pelo detector de metais horas antes dos ataques na última quarta-feira. Segundo relatado pela Polícia Federal, há indícios que o crime foi planejado a longo prazo. 

Francisco Vanderlei Luiz já tinha sido condenado por lesão corporal em 2014 e cumpriu pena em regime aberto. Ele foi candidato a vereador pelo PL em 2020, mas não foi eleito.