Fabricantes de armas pedirão à Suprema Corte dos EUA que suspenda a ação judicial do México

Os fabricantes de armas dos EUA planejam recorrer à Suprema Corte pais contra o processo de US$ 10.000 milhões movido pelo Governo mexicano para responsabilizá-los por facilitar o tráfico de armas para os cartéis de drogas através da fronteira entre os EUA e o México, noticiou a Reuters nesta sexta-feira 

A afirmação foi feita por um advogado da empresa Smith & Wesson Brands durante uma audiência virtual no tribunal, depois que o Tribunal de Apelações do 1º Circuito em Boston, no mês passado, anulou a decisão de um juiz que rejeitou o caso. 

Naquela audiência, o advogado Andrew Lelling disse que havia uma "chance razoavelmente boa" de que a mais alta corte dos EUA concordasse em ouvir seu recurso. Além disso, Lelling argumentou que o recurso dos fabricantes se concentraria no fato de as reivindicações do México serem barradas pela Lei de Proteção ao Comércio Legal de Armas, que dá a essas empresas ampla proteção contra ações judiciais por uso indevido de seus produtos. 

"Esse caso envolve uma lei especificamente projetada para permitir que esse grupo específico de acusados evite os custos do litígio se o caso em questão estiver dentro do escopo da lei", disse Lelling, acrescentando que "essa mesma questão permanece em questão".

Em janeiro, a Corte de Apelações do Primeiro Circuito dos EUA decidiu a favor do México em seu processo civil contra fabricantes de armas dos EUA.

Após a decisão, o processo, apresentado em agosto de 2021, retorna ao tribunal federal em Boston, Massachusetts, para continuar seu curso legal.

Por sua vez, o Governo mexicano denunciou que as empresas "habitualmente fornecem armas de alta potência" a grupos criminosos, facilitando o tráfico para o país.