Charles Manson admite novos assassinatos em áudios inéditos

O documentário Making Manson revela gravações inéditas que mostram o líder da seita "Família Manson" falando sobre sua vida criminosa, incluindo assassinatos cometidos no México.

Charles Manson, líder da seita criminosa "Família Manson", famosa pelo massacre de agosto de 1969, pode ter cometido outros assassinatos antes de fundar o grupo. Esses crimes, até agora desconhecidos, serão abordados em uma série documental, Making Manson, que será lançada no dia 19 de novembro pelo serviço de streaming Peacock, sete anos após a morte de Manson.

O documentário apresenta gravações inéditas de telefonemas entre Manson e um amigo, feitas ao longo de 20 anos. Em uma prévia divulgada no YouTube, Manson revela que viveu no México na década de 1960 e esteve envolvido em "alguns assassinatos".

"Há uma parte da minha vida que ninguém conhece. Morei no México por um tempo, fui para Acapulco, roubei carros e me envolvi em coisas que não sabia. Estive envolvido em assassinatos. Deixei minha Magnum 357 na Cidade do México e algumas pessoas mortas na praia", diz Manson na gravação, feita enquanto estava preso.

Segundo o Los Angeles Times, esses assassinatos no México são os primeiros a serem atribuídos a Manson, que sempre afirmou não ter ordenado nenhum homicídio.

Mesmo após ser condenado à morte em 1971 (sentença posteriormente comutada para prisão perpétua), ele manteve essa versão. Alguns chegaram a dizer que o massacre de 1969, que matou a atriz Sharon Tate e outras seis pessoas, foi obra de "imitadores" ou de um outro autor intelectual.

Making Manson investiga a vida do criminoso, considerado um dos mais notórios dos EUA, com base em suas próprias palavras, e explora seu passado e pensamentos.

O documentário também é uma reflexão sobre sua vida, contada por seus ex-seguidores, amigos e jornalistas. Nas gravações, Manson fala abertamente sobre sua educação, sua juventude criminosa e as experiências de sua infância, que, segundo o Peacock, o moldaram para se tornar quem ele foi.