Saiba o perfil do suspeito pelas explosões em frente ao STF

O homem, que foi candidato a vereador pelo PL, se apresentava como empreendedor nas redes sociais e fez postagens em tons de ameaça antes do incidente, prometendo ataques a líderes políticos.

Um homem de 59 anos, identificado como Francisco Wanderlei Luiz, natural de Santa Catarina, faleceu em decorrência das explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes em Brasília nesta quarta-feira. Ele estava no Distrito Federal há aproximadamente quatro meses, conforme foi informado pelo portal UOL.

O falecido era o proprietário do veículo encontrado no Planalto após as explosões, segundo dados oficiais. O catarinense, oriundo de Rio do Sul, havia se candidatado a vereador em 2020 pelo PL, recebendo 98 votos, mas não conseguiu se eleger.

De acordo com seu filho, o homem deixou Santa Catarina há cerca de quatro meses em busca de trabalho em Brasília, e a família não tinha conhecimento de seu paradeiro.

Ele atuava como chaveiro e camelô. Em sua candidatura à Justiça Eleitoral em 2020, informou ser casado e ter o ensino médio incompleto. Desde então, não há registros de outras tentativas de candidatura. Nas redes sociais, ele se apresentava como empreendedor, investidor e desenvolvedor.

"Deixaram a raposa entrar no galinheiro", afirmou o homem em uma postagem que incluía uma foto do STF, divulgada em suas redes sociais horas antes da explosão. O STF está investigando a data exata do registro.

"Vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merd*: William Bonner, José Sarney, Geraldo Alckmin, Fernando Henrique Cardoso… Vocês 4 são VELHOS CEBÔSOS nojentos", escreveu.

Em uma de suas mensagens, ele ameaçou realizar ataques a residências de líderes políticos, alertando: "Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias etc." O homem também fez críticas ao agronegócio e prometeu explosões entre as 17h48 de hoje e o próximo sábado (16).

Uma das mensagens mencionava Donald Trump e citava a Ilha de Marajó, um local que membros da extrema-direita associam a supostas atividades de exploração sexual de crianças, embora essa alegação não tenha base em evidências.