Funcionário da CIA é acusado de vazar planos israelenses para atacar o Irã

O funcionário enfrenta acusações federais por divulgar documentos confidenciais que aparentemente mostravam os planos de Tel Aviv de retaliar o Irã com um ataque com mísseis no início deste ano.

Asif W. Rahman, funcionário da CIA, foi acusado de vazar documentos altamente confidenciais que aparentemente continham os planos de Israel para um ataque retaliatório contra o Irã devido à ofensiva de mísseis de Teerã no início deste ano, informa o New York Times citando documentos judiciais e pessoas familiarizadas com o assunto.

De acordo com relatos da mídia, Rahman foi acusado por um tribunal federal na Virgínia na semana passada de duas acusações de retenção e transmissão consciente de informações de defesa nacional. Nesta terça-feira, ele foi preso pelo FBI no Camboja e transferido para um tribunal federal em Guam (EUA) para enfrentar as acusações.

Os documentos supostamente vazados continham imagens e dados coletados por satélites espiões da Agência Nacional de Inteligência Geoespacial dos EUA, que apoia operações clandestinas e militares, informou o jornal.

Além disso, os documentos altamente confidenciais detalhavam interpretações de imagens de satélite que traziam informações "sobre um possível ataque israelense ao Irã", disse o jornal, acrescentando que os documentos começaram a circular no Telegram no mês passado.

De acordo com documentos judiciais, Rahman, que trabalhou para a CIA no exterior, tinha acesso a dados confidenciais e lidava com materiais sigilosos.

A CIA recusou o pedido do New York Times para comentar o caso. Por sua vez, o FBI admitiu no mês passado ter aberto uma investigação sobre o vazamento e indicou que estava "trabalhando em estreita colaboração" com o Departamento de Defesa dos EUA e "a comunidade de inteligência" para resolver o caso.