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Gigante do petróleo vence processo contra ativistas climáticos
Ativistas climáticos haviam exigido que a Shell cortasse suas emissões de gases de efeito estufa, mas o tribunal decidiu em favor da empresa.
A Shell, gigante britânica do setor de petróleo, venceu na terça-feira um caso histórico contra grupos ambientalistas que exigiam que a empresa reduzisse drasticamente as emissões de gases de efeito estufa.
De acordo com um comunicado publicado no site da Shell, o tribunal de apelações em Haia anulou uma decisão de 2021, que havia sido tomada no processo movido pela organização "Friends of the Earth" (Amigos da Terra), outras ONGs e um grupo de indivíduos.
A empresa afirmou em sua declaração que continua "comprometida com a meta de se tornar uma empresa de energia com emissões líquidas zero até 2050" e que está trabalhando para reduzir pela metade as emissões de suas operações até 2030.
"Os últimos anos destacaram a importância crucial da energia segura e acessível para as economias e a vida das pessoas", observou a Shell.
Por outro lado, a organização "Friends of the Earth" classificou a decisão como um "golpe para as comunidades de todo o mundo que estão sofrendo o impacto da passividade climática e do 'greenwashing' das empresas".
- Greenwashing ("lavagem verde", em inglês) é a prática de empresas que promovem uma imagem falsa de responsabilidade ambiental, visando atrair consumidores sem, de fato, adotar práticas sustentáveis.
O caso
Os ativistas processaram a Shell em 2019, argumentando que a empresa deveria ser obrigada a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa para evitar o aquecimento global.
Em 2021, a Shell foi instada a reduzir suas emissões de carbono em 45% até 2030, em comparação com os níveis de 2019. A decisão afetava tanto as emissões diretas da empresa quanto as causadas pelo uso de seus produtos, como o combustível consumido por motoristas.
No entanto, na terça-feira, o tribunal de apelações de Haia reverteu a decisão, argumentando que a Shell já estava trabalhando para reduzir suas emissões.
Segundo a Reuters, o tribunal também afirmou que não estava claro se a redução das emissões causadas pelo uso dos produtos da Shell contribuiria efetivamente para a luta contra as mudanças climáticas.
