
Militar que vazou documentos confidenciais sobre a Ucrânia é condenado a prisão nos EUA

A justiça dos EUA, em Boston, condenou na terça-feira o ex-membro da Guarda Nacional Aérea Jack Teixeira a 15 anos de prisão, após ele se declarar culpado por vazar documentos confidenciais relacionados ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, segundo a imprensa norte-americana.
Teixeira, de 22 anos, foi preso em abril de 2023. Em março deste ano, ele admitiu a culpa em seis acusações de retenção e transmissão intencional de informações confidenciais sobre a defesa nacional, conforme a Lei de Espionagem.

Os documentos vazados, compartilhados por Teixeira em um grupo no aplicativo de mensagens Discord enquanto atuava como piloto da Guarda Nacional, expuseram informações sigilosas, incluindo detalhes sobre os movimentos das tropas ucranianas, a distribuição de equipamentos ocidentais e o treinamento de soldados ucranianos pelos EUA.
Além disso, Teixeira admitiu ter compartilhado informações sobre planos de inimigos dos EUA para prejudicar as forças norte-americanas no exterior.
"Quero dizer que me arrependo de todos os danos que causei. (...) Entendo que toda a responsabilidade e as consequências recaem sobre meus ombros e aceito o que quer que isso acarrete", afirmou Teixeira antes de ser sentenciado.
Os promotores descreveram os crimes de Teixeira como "uma das violações mais graves e significativas da Lei de Espionagem na história dos Estados Unidos".
Em comunicado no mês de outubro eles haviam declarado que "o dano que o réu causou à segurança nacional com a divulgação de informações de defesa nacional é extraordinário".
Na terça-feira, a promotoria afirmou ao tribunal que o impacto causado pelos vazamentos foi "histórico".
