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Brasil é recertificado como país livre do sarampo

O último caso da doença no Brasil foi registrado em junho de 2022, e todos os casos desde então foram importados desde o exterior.
Brasil é recertificado como país livre do sarampoRicardo Stuckert/PR

O Brasil foi oficialmente reconhecido como livre do sarampo e rubéola novamente. Nesta terça-feira, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra da Saúde, Nísia Trindade, a recertificação que atesta a eliminação do sarampo, da rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC).

O país havia recebido a certificação de zona livre do sarampo em 2016, mas perdeu esse status em 2019 devido a surtos da doença. Entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019, foram registrados 10.374 casos, com um pico de 3.950 ocorrências em julho de 2018.

Desde junho, o Brasil não registra casos autóctones de sarampo, sendo que o último caso confirmado ocorreu em 5 de junho de 2022, no Amapá. Todos os outros registros da doença foram de pessoas que contraíram o vírus fora do país.

Para obter a recertificação, o Brasil teve que comprovar que não houve transmissão do vírus por pelo menos um ano, além de ter fortalecido seu programa de vacinação, a vigilância epidemiológica e a resposta a casos importados.

"Desde lá a vigilância se intensificou, a cobertura vacinal aumentou e conseguimos a recertificação. Avançamos em todos os processos, principalmente nas coberturas vacinais", afirmou o infectologista Renato Kfouri, presidente da Câmara Técnica do Brasil de Verificação da Eliminação do Sarampo.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa e grave, que pode ser prevenida por meio da vacinação. Estima-se que uma pessoa infectada pode transmitir o vírus para outras 12 a 18 pessoas. A transmissão ocorre através das secreções do nariz e da boca, expelidas ao tossir, respirar ou falar.

Os sintomas mais comuns incluem manchas vermelhas no corpo, febre alta, tosse seca, conjuntivite, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso. A doença pode resultar em complicações sérias, como pneumonia, infecções no ouvido, encefalite aguda e até morte.