Medvedev: políticos da UE querem guerra em seu território

O ex-presidente russo lembrou que o político alemão Friedrich Merz ameaçou a Rússia com "um ultimato" sobre o conflito ucraniano.

O ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, afirmou na terça-feira que alguns políticos da União Europeia parecem querer travar uma guerra com a Rússia em seu território. O funcionário de alto escalão indicou que os líderes europeus estão tentando escalar a situação na esteira da vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA.

Nesse contexto, Medvedev lembrou que recentemente o legislador alemão Friedrich Merz, líder da União Democrata Cristã (CDU) e candidato a próximo chanceler, disse que daria "um ultimato" à Rússia. Em particular, Merz ameaçou fornecer a Kiev mísseis de cruzeiro Taurus se Moscou se recusar a cessar as hostilidades.

"Está claro que esses 'ultimatos' são de natureza pré-eleitoral. Está claro que esses mísseis não são capazes de mudar significativamente nada no curso dos combates", escreveu Medvedev em seu canal no Telegram. "Seu fornecimento é apenas uma forma de prolongar a agonia do regime de [Stepan] Bandera. Mas o risco de o conflito passar para um estágio mais perigoso é multiplicado pelos ataques de mísseis de cruzeiro", acrescentou.

"Em geral, é surpreendente até que ponto a atual geração de políticos europeus quer arrastar a guerra para seu território. Além disso, para o óbvio deleite dos norte-americanos e contra os desejos de seu próprio povo. A vacina da Segunda Guerra Mundial deixou completamente de funcionar", comentou o funcionário de alto escalão.

Em sua publicação, Medvedev observou que os "egos inflados" dos líderes atuais substituíram a sabedoria e a experiência que seus antecessores costumavam demonstrar. "Isso significa que um cenário ruim continua sendo o mais provável", concluiu.