O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, deve escolher nesta semana o senador da Flórida, Marco Rubio, para o cargo de secretário de Estado, informou o The New York Times na segunda-feira .
Rubio foi eleito para o Senado em 2010. Ao longo de seu mandato, ele defendeu uma política externa agressiva, adotando posições firmes em relação a países como China, Irã, Venezuela e até mesmo o Brasil.
"Preocupações sobre a liberdade de expressão no Brasil"
Em setembro, Rubio fez duras críticas sobre a suspensão da plataforma X no Brasil, classificando a decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, como uma "manobra que mina as liberdades básicas".
"Para o bem das liberdades básicas e de nosso relacionamento bilateral, o Brasil deve retificar essa medida autoritária", escreveu em um comunicado, acrescentando que o bloqueio do X no Brasil, sob a administração Lula, "levanta sérias preocupações sobre a liberdade de expressão e o alcance do Judiciário".
Críticas sobre a proximidade de Lula com China e Venezuela
Em maio de 2023, Rubio também criticou as relações de Lula com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmando que o presidente brasileiro era o "mais recente líder de extrema esquerda" a negar os "crimes do regime" venezuelano.
Já no começo do terceiro mandato de Lula, em 2023, Rubio publicou um artigo apontando a proximidade do presidente brasileiro com o seu homólogo chinês.
"Quando Lula precisar de grandes quantias de dinheiro e sem fazer perguntas, ele recorrerá à China", escreveu. "Essa é uma má notícia para todos em nossa região", acrescentou, acusando o gigante asiático de tornar países "reféns" através de uma "diplomacia de armadilha de dívidas".
Defesa de Israel
O senador de origem cubana também manifesta seu firme apoio à guerra de Israel em Gaza.
No início deste ano, ele acusou o presidente atual dos EUA, Joe Biden, de fazer um aceno aos "anti-semitas" do Partido Democrata ao criticar as ações de Israel em Gaza. Ele também instou a administração a revogar os vistos de estudantes estrangeiros envolvidos em protestos pró-palestinianos, os qualificando como "simpatizantes do terrorismo".
Em novembro do ano passado, quando confrontado por um grupo de ativistas no Congresso, Rubio se opôs aos apelos de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, descrevendo o grupo palestino como "animais ferozes". "Quero que [Israel] destrua todos os elementos do Hamas a que possa deitar a mão", afirmou em vídeo que está circulando nas redes sociais.