Os EUA e o Reino Unido podem realizar ataques semelhantes à sabotagem dos gasodutos Nord Stream, declarou o conselheiro presidencial e ex-secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev.
"De acordo com as informações disponíveis, os norte-americanos e os britânicos consideram a sabotagem do Nord Stream como um dos muitos métodos para promover seus interesses econômicos. Novas instalações de infraestrutura, incluindo cabos marítimos de fibra óptica, que garantem as comunicações em todo o mundo, podem ser o alvo de seus ataques", disse Patrushev durante uma entrevista ao jornal Kommersant.
Comentando sobre a explosão do oleoduto que ocorreu em setembro de 2022, o assessor presidencial observou que as autoridades marítimas dinamarquesas "não escondem" que os navios dos EUA estavam na área. Enquanto isso, a marinha ucraniana "não tem o equipamento e o pessoal treinado para realizar um ataque terrorista em águas profundas".
"Somente forças especiais de países da OTAN poderiam realizar uma sabotagem nessa escala. É bem sabido que os serviços especiais dos EUA e da Grã-Bretanha têm nadadores de combate e o equipamento adequado", comentou.
"Um ato de guerra econômica anglo-saxônica"
Em setembro deste ano, o Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia declarou que a versão da mídia ocidental de que os gasodutos Nord Stream foram explodidos independentemente por ativistas ucranianos radicais é "uma campanha de desinformação para encobrir o objetivo real" dos responsáveis pelas explosões.
A inteligência russa afirmou que as informações disponíveis "indicam claramente que os ataques aos gasodutos são um ato de terrorismo internacional e uma guerra econômica anglo-saxônica contra aliados europeus, principalmente a República Federal da Alemanha".