Cúpula extraordinária islâmico-árabe busca interromper agressão israelense na Palestina e no Líbano

O príncipe da Arábia Saudita, fez apelo à comunidade internacional a defender a paz e a segurança internacionais, interrompendo imediatamente os ataques israelenses aos povos palestino e libanês.

Líderes árabo-muçulmanos realizam uma reunião da cúpula extraordinária islâmico-árabe que terá como foco os ataques realizados por Israel em Gaza e no Líbanoinformou a Saudi Press Agency. O evento acontece em Riad, capital da Arábia Saudita, nesta segunda-feira. 

"O Reino [da Arábia Saudita] reafirma sua condenação e total rejeição ao genocídio perpetrado por Israel contra o povo palestino, que resultou em mais de 150.000 mártires, feridos e desaparecidos, a maioria deles mulheres e crianças", afirmou o príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman bin Abdulaziz Al Saud, citado pela Saudi Press Agency. 

Ele ainda fez apelo à comunidade internacional a defender a paz e a segurança internacionais, interrompendo imediatamente os ataques israelenses aos povos palestino e libanês e garantindo que Israel respeite a soberania do Irã e cesse todas as ações hostis no território iraniano.

Além disso, Mohammed bin Salman declarou que seu país condena a obstrução dos esforços de socorro da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) nos territórios palestinos, bem como a obstrução do trabalho de organizações humanitárias que prestam ajuda ao povo palestino.

"As principais prioridades [para a cúpula] incluem a interrupção da agressão, a proteção de civis, o apoio aos povos palestino e libanês, a unificação de posições e a pressão sobre a comunidade internacional para que tome medidas decisivas para acabar com os ataques contínuos e estabelecer paz e estabilidade duradouras na região", destacou a agência.  

Oportunidade para acabar com a agressão israelense em Gaza e no Líbano

Segundo informado, a cúpula encarregou os ministros das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Jordânia, Egito, Catar, Turquia, Indonésia, Nigéria, Palestina e quaisquer outros países interessados, juntamente com os secretários-gerais da Liga Árabe e da Organização para a Cooperação Islâmica, de iniciar uma ação internacional imediata que busque interromper a guerra em Gaza e pressionar por um processo político sério para alcançar uma paz duradoura e abrangente com base em princípios reconhecidos internacionalmente.

O encontro representa uma oportunidade vital para que as nações árabes e islâmicas se unam e ponham fim à agressão israelense em Gaza e no Líbano, afirmou o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abdoul Gheit, citado pelas mídias nesta segunda-feira.  

O porta-voz do secretário-geral, Gamal Roshdy, compartilhou os comentários de Aboul Gheit, destacando que a comunidade internacional ainda não conseguiu controlar efetivamente as ações militares de Israel.