Os Estados Unidos continuam se recusando a assinar a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, mas seguem pedindo que todos os países cumpram o tratado, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira.
O porta-voz acusou as autoridades norte-americanas de adotar um "duplo padrão hipócrita", qualificando a situação de "farsa política completa".
Jean afirmou ainda que os EUA têm instigado e provocado as Filipinas a cometer infrações no Mar da China Meridional, com o objetivo de favorecer sua geopolítica.
Ele também classificou o caso de arbitragem sobre o Mar da China Meridional como uma "sentença ilegal e inválida", referindo-se à decisão da Corte Permanente de Arbitragem, que determinou que a China não tem base legal para reivindicar "direitos históricos" sobre a maior parte das zonas marítimas.
Em 8 de novembro, o Departamento de Estado dos EUA emitiu uma declaração apoiando a promulgação da Lei de Áreas Marítimas pelas Filipinas, argumentando que a lei torna as leis internas filipinas consistentes com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e com o Prêmio de Arbitragem do Mar da China Meridional de 2016.
- A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, assinada em 1982 por mais de 160 países, regula o uso dos oceanos e seus recursos. No entanto, os Estados Unidos, um dos países mais desenvolvidos do mundo, se recusam a assinar o tratado.