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Putin: "Ao limitar a cooperação com a China, os EUA estão prejudicando a si mesmos"
Mandatário russo acredita que a filosofia da política externa da China é "não agressiva" e sempre busca o compromisso.
O presidente da Rússia Vladimir Putin disse que enquanto o mundo inteiro está aumentando sua cooperação com a China, os Estados Unidos estão apenas tentando limitá-la, prejudicando a si mesmos.
O jornalista norte-americano, Tucker Carlson, perguntou a Putin se ele temia possíveis padrões duplos por parte do gigante asiático, referindo-se às relações atuais entre Moscou e Pequim. Como exemplo, Carlson se referiu aos BRICS: "Eles correm o risco de serem completamente dominados pela economia chinesa de uma forma que afete sua soberania?".
Putin respondeu que essas ideias são apenas "histórias de fantasmas".
"Somos vizinhos da China. Não se escolhe os vizinhos, assim como não se escolhe os parentes próximos. Compartilhamos com eles uma fronteira de milhares de quilômetros", disse. "Estamos acostumados a viver juntos há séculos", acrescentou.
Da mesma forma, o mandatário russo acredita que a filosofia da política externa da China é "não agressiva" e sempre busca o compromisso. Por esse motivo, o volume de cooperação com a China no mundo está crescendo, enfatizou.
"A taxa de crescimento da cooperação da China com a Europa é cada vez mais alta do que a taxa de crescimento da cooperação da Rússia com a China", enfatizou Putin, afirmando que os europeus estão tentando entrar no mercado chinês a todo custo, "especialmente agora, quando estão enfrentando problemas econômicos".
No caso dos EUA, a questão é diferente, "as decisões políticas são tais que eles estão tentando limitar a cooperação com a China", disse Putin. "Eles estão fazendo isso em seu próprio detrimento: ao limitar a cooperação com a China, eles estão prestando um desserviço a si mesmos", concluiu.