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Lavrov: "A economia mundial está se fragmentando"

Durante a Conferência Rússia-África, o chanceler russo criticou a globalização promovida pelo Ocidente e apontou o uso das moedas como armas no cenário internacional.
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Na cerimônia de encerramento da Conferência Ministerial do Fórum de Parceria Rússia-África, realizada no domingo na cidade russa de Sochi, o ministro das Relações-Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, destacou a importância de se distanciar da dependência de mecanismos globais controlados por países ocidentais, mencionando o processo de "fragmentação da economia mundial".

"A fragmentação da economia mundial está ocorrendo em todas as regiões: na Eurasia, na África, na América Latina e no Caribe", afirmou Lavrov.

O chanceler também enfatizou que uma das tarefas estabelecidas é a necessidade de "nos afastarmos da dependência de mecanismos globais controlados por 'colegas' ocidentais". Ele acrescentou que a "globalização", inicialmente vista como um modelo ideal de funcionamento da economia mundial, está sendo destruída pelo próprio Ocidente.

Lavrov ainda ressaltou que atualmente as moedas estão sendo usadas como armas.

"Os princípios sobre os quais o Ocidente construiu sua globalização e os propagou para todos os outros - concorrência justa, inviolabilidade da propriedade, presunção de inocência e muitos outros aspectos básicos de uma economia de mercado - foram destruídos pelo Ocidente nos últimos anos e estão sujeitos à extinção", afirmou o diplomata, alegando que as sanções minaram esses "princípios sagrados" do capitalismo.

Agenda do evento

A Conferência Ministerial do Fórum de Parceria Rússia-África, organizada pela Fundação Roscongress, ocorreu entre 9 e 10 de novembro no Território Federal de Sirius.

O evento contou com a participação de 1.500 pessoas, incluindo ministros de áreas como relações exteriores, economia, saúde, desenvolvimento digital e educação, de países como Argélia, Angola, Nigéria, Etiópia e Uganda, entre outros, conforme informou a Roscongress.

A agenda do evento incluiu debates sobre a digitalização da administração pública, além de painéis de discussão sobre cooperação em segurança, economia, desenvolvimento de habilidades, governança digital, saúde e treinamento diplomático.