Putin promete fornecer "toda a ajuda possível" à África
A Rússia continuará apoiando a África na luta contra o terrorismo e em outras áreas, declarou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em uma mensagem lida pelo ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, durante a sessão plenária do Fórum de Parceria Rússia-África, realizada no domingo.
"Gostaria de reafirmar que nosso país continuará a fornecer toda a assistência possível aos nossos amigos africanos em várias áreas: para garantir o desenvolvimento sustentável, combater o terrorismo e o extremismo, enfrentar doenças epidêmicas, resolver a questão alimentar e superar as consequências de desastres naturais", afirmou Putin.
O presidente russo destacou que a Rússia "atribui importância especial ao desenvolvimento e fortalecimento das relações tradicionalmente amigáveis com seus parceiros africanos". Segundo ele, "a cooperação entre a Rússia e os países africanos está se tornando cada vez mais intensa e multifacetada".
"Autoridade dos países africanos está crescendo"
Putin também afirmou que Rússia e África compartilham o desejo de construir uma "ordem mundial multipolar justa, baseada na verdadeira igualdade e na supremacia do direito internacional, livre de qualquer forma de discriminação, imposição ou pressão de sanções". O presidente ressaltou ainda que a autoridade dos países africanos no cenário internacional tem crescido.
"Ao adotar uma política externa construtiva e voltada para a paz, os países africanos estão desempenhando um papel cada vez mais relevante na resolução das questões mais importantes da agenda internacional", disse Putin.
Delegações de 54 países e 45 ministros africanos participaram da primeira conferência ministerial do Fórum Rússia-África, realizada nos dias 9 e 10 de novembro em Sirius, uma área federal na região de Krasnodar, no sul da Rússia.
De acordo com Lavrov, o comércio anual entre a Rússia e os países africanos alcançou um novo recorde de US$ 24,5 bilhões em 2023. Ele destacou que "esse número não reflete todo o potencial existente, que precisa ser plenamente desenvolvido".
- Depois da Segunda Guerra Mundial, a União Soviética apoiou os movimentos anticoloniais em países africanos, sendo uma das principais impulsionadoras da assinatura da Declaração sobre a Concessão de Independência aos Países e Povos Coloniais.
- A URSS também ajudou os novos países africanos fornecendo armas, com destaque para os fuzis de assalto Kalashnikov. O fuzil está representado nos brasões de Timor Leste, Zimbábue e Moçambique, além de aparecer na bandeira de Moçambique.