Deputados norte-americanos que pediram punições a ministros do STF são reeleitos

"Alexandre de Moraes está agindo como um ditador totalitário", declararam os congressistas em setembro.

Os cinco deputados republicanos dos EUA que apresentaram um pedido para barrar a entrada de 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil nos Estados Unidos em setembro foram reeleitos para o Congresso, informou o portal Poder360, com base em dados da Associated Press.

Entre os reeleitos estão o senador da Flórida, Rick Scott e Maria Salazar, também da Flórida e autora do projeto de lei.

Salazar justificou o pedido alegando que o ministro Alexandre de Moraes estava na "vanguarda de um ataque internacional à liberdade de expressão contra cidadãos americanos".

Tensões antigas

No contexto do bloqueio da rede X no Brasil pelo STF, os republicanos do Congresso apresentaram em 18 de setembro o projeto de lei que nega a entrada no país a qualquer estrangeiro cujos ações podem violar a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, relacionada à liberdade de expressão.

No pedido, os congressistas classificaram a decisão do STF como um "abuso flagrante do poder judiciário com o objetivo de intimidar e coagir".

O bloqueio de X por Moraes gerou críticas intensas de políticos americanos, que pediram sanções contra o Brasil. Essa situação não é nova, já que as instituições dos EUA têm se manifestado contra o que consideram uma restrição à liberdade de expressão no Brasil.

Em abril, o Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos EUA apresentou um relatório acusando o Brasil de conduzir uma "campanha de censura" visando qualquer pessoa ou grupo que critique o "governo de esquerda" no poder.