Cientistas da Universidade Médica de Pesquisa Privolzhskiy (PIMU), em Nizhny Novgorod, na Rússia, desenvolveram uma tecnologia própria para a produção de cola de fibrina, utilizada para estancar sangramentos em cirurgias, feita a partir de componentes do sangue humano, informou a assessoria de imprensa da universidade nesta terça-feira.
Anteriormente, médicos russos usavam uma cola importada, mas, após 2022, os fabricantes estrangeiros saíram do mercado russo devido às sanções ocidentais contra a Rússia. No entanto, a demanda clínica pela cola de fibrina permaneceu.
"Nossa prioridade era desenvolver uma composição básica de cola de fibrina para uso em cirurgia geral, e conseguimos atingir esse objetivo", afirmou Marfa Egorikhina, chefe do laboratório de tecnologias celulares da PIMU, destacando que a cola é absolutamente segura e totalmente biocompatível com o corpo humano.
A universidade detalhou que a cola de fibrina já foi aprovada nos primeiros testes em animais, mostrando propriedades hemostáticas eficazes e sendo comprovada com sucesso em grandes vasos sanguíneos e órgãos.
"Um dos problemas mais desafiadores na cirurgia é controlar a hemorragia hepática. Os testes em roedores e suínos mostraram que a cola cumpre de forma confiável sua função principal", informou a instituição.
Ademais, os cientistas desenvolveram não apenas a composição funcional da cola de fibrina, mas também a tecnologia de fabricação do substrato básico - o fibrinogênio, que no futuro pode se tornar uma substância farmacêutica, podendo ser usado não apenas para a cola de fibrina, mas também em outros produtos à base de fibrina, revelou o reitor da PIMU, Nikolay Karyakin.