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Líder nacionalista que queimou Alcorão é condenado a prisão na Suécia
Rasmus Paludan declarou que foi julgado não pelo que disse, mas por "interpretações errôneas".
Um tribunal sueco condenou a quatro meses de prisão, nesta terça-feira, um extremista dinamarquês que insultou muçulmanos e promoveu queimas de Alcorão em manifestações durante o mês sagrado do Ramadã.
Rasmus Paludan, líder do partido de direita nacionalista dinamarquês Stram Kurs, foi condenado por duas acusações de incitação à violência contra um grupo étnico. Além da pena de prisão, ele deverá pagar uma indenização por perdas e danos.
De acordo com a Promotoria, em 6 de setembro de 2022, Paludan proferiu declarações ofensivas contra muçulmanos, incluindo menções depreciativas a árabes e africanos, referindo-se à origem e cor de pele desses grupos de maneira desrespeitosa, o que levou a uma acusação de injúria, informaram as mídias locais.
O promotor Adrien Combier-Hogg afirmou que esperava uma pena mais longa, mas se declarou satisfeito com a condenação. Em sua defesa, Paludan afirmou que foi julgado não pelo que disse, mas por "interpretações equivocadas" de suas declarações.
O político sueco-dinamarquês organiza manifestações contra o Islã desde 2022 na Dinamarca e na Suécia. Em 2023, ele queimou um exemplar do Alcorão em frente à embaixada da Turquia, provocando indignação em diversos países muçulmanos.
