Nicarágua busca permissão da CIJ para intervir na denúncia sul-africana que acusa Israel de genocídio em Gaza

A Nicarágua solicitou permissão à Corte Internacional de Justiça (CIJ) para intervir como "parte" no processo movido pela África do Sul contra Israel por genocídio na Faixa de Gaza.

"A Nicarágua considera que a conduta de Israel constitui uma violação de suas obrigações nos termos da Convenção sobre Genocídio", disse a CIJ em um comunicado à imprensa.

De acordo com o tribunal, o pedido foi apresentado pelo país centro-americano em 23 de janeiro. Nele, as autoridades nicaraguenses afirmam que "tem interesses de natureza jurídica decorrentes dos direitos e obrigações impostos pela Convenção sobre Genocídio a todos os Estados Partes" e decorrentes do "caráter universal tanto da condenação do genocídio quanto da cooperação necessária 'para libertar a humanidade de um flagelo tão odioso'".

Em 29 de dezembro, a África do Sul entrou com uma solicitação para iniciar um processo contra Israel na CIJ em Haia em relação aos seus atos "genocidas" na Faixa de Gaza.

Quase um mês depois, em 26 de janeiro, a CIJ decidiu sobre essa solicitação e ordenou que Israel tomasse todas as medidas possíveis para evitar o genocídio em Gaza.

Também determinou que Israel deve impedir e punir o incitamento direto ao genocídio no enclave palestino e exigiu que Israel permitisse a entrada de ajuda humanitária na região.