Coreia do Norte revela o que poderá levar a península coreana à guerra

A irmã de Kim Jong-un destaca que um desequilíbrio de poder na península coreana pode levar a conflitos e reafirma a necessidade da dissuasão nuclear como resposta às ameaças de Washington e seus aliados.

Um desequilíbrio na paridade de poder na península coreana resultaria em ações bélicas imediatas, e a construção de forças nucleares é a única conduta adequada para a Coreia do Norte, declarou Kim Yo-jong, irmã do líder Kim Jong-un, na segunda-feira.

"Hoje, é uma realidade objetiva inegável que a adestruição do equilíbrio de poder cada vez menor na península coreana e na região significa guerra", disse Kim Yo-jong. "O caminho do fortalecimento da dissuasão nuclear de autodefesa da Coreia do Norte é a única e mais correta opção na situação atual, e nós não vacilamos", acrescentou.

A política também mencionou os exercícios militares aéreos realizados pelos EUA, Japão e Coreia do Sul no último domingo, que contaram com a participação de pelo menos um bombardeiro de longo alcance B-1B dos EUA, em uma demonstração de força dias após Pyongyang ter lançado o míssil balístico intercontinental mais avançado de sua história.

"Essa é outra demonstração clara da natureza agressiva e hostil de nossos inimigos contra a Coreia do Norte e mais um exemplo da legitimidade e urgência do curso escolhido para o desenvolvimento das forças nucleares", comentou.

Na mesma linha, ela também citou o exercício conjunto EUA-Japão-Coreia do Sul Freedom Edge e o exercício de operações nucleares Iron Mace, que simulou uma guerra nuclear total na península coreana. Além disso, Washington e seus aliados realizaram centenas de exercícios militares contra Pyongyang ao longo do ano.

Kim Yo-jong destacou ainda os recentes deslocamentos de ativos estratégicos dos EUA para a região, incluindo o grupo de ataque do porta-aviões nuclear USS Theodore Roosevelt, o submarino nuclear estratégico Vermont e bombardeiros nucleares estratégicos, como o B-52H.

Kim enfatizou que diante das "ameaças militares agressivas e aventureiras" de Washington e de seus aliados, as escolhas estratégicas de Pyongyang tornam-se "inevitáveis"

"Quanto mais abominável for a insensatez militar de nossos inimigos, mais eles destacarão a justificativa e a urgência de nosso curso, e o ímpeto e a intensidade de sua implementação serão diretamente proporcionais", concluiu.