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Norte-americano que ajudava exército russo dá primeira entrevista

Segundo Daniel Martindale, o conflito ucraniano terminará quando os EUA decidirem que não é mais lucrativo.
Norte-americano que ajudava exército russo dá primeira entrevistaSputnik / Vitaly Belousov

Daniel Martindale, um cidadão norte-americano que estava na Ucrânia desde 11 de fevereiro de 2022, transmitia coordenadas de instalações militares ucranianas para a Rússia.

Essas informações eram usadas repetidamente para atacar equipamentos e militares das Forças Armadas ucranianas.

Em sua primeira entrevista coletiva no centro de imprensa do grupo de mídia Rossiya Segodnya, Martindale afirmou que chegou à Ucrânia vindo da Polônia, onde era missionário, com a intenção de ir a Donetsk.

"Eu queria ir para a Rússia há muito tempo, percebi que esse era o momento que eu estava esperando", declarou, acrescentando que manteve contato com o lado russo enquanto estava na Ucrânia, principalmente através do Telegram.

Os serviços de segurança russos informaram à RIA Novosti que retiraram o cidadão norte-americano do território controlado pelo Exército ucraniano.

Tentativa dos Estados Unidos de conter a Rússia 

Martindale destacou que "Washington está lutando na Ucrânia contra o mundo inteiro e contra seus próprios cidadãos", caracterizando os acontecimentos na Ucrânia como uma tentativa dos Estados Unidos de "conter a Rússia e impedi-la de competir em pé de igualdade".

Para ele, a operação militar especial é um confronto entre dois lados, em que um "está lutando pela justiça e o outro lado está interessado apenas em promover seus interesses financeiros e comerciais".

Ele acrescenta que os EUA não estão interessados no bem-estar de seus próprios cidadãos, nem de cidadãos de outros países, muito menos no bem-estar de seus soldados.

Quando terminará o conflito?  

De acordo com Martindale, o conflito ucraniano terminará quando os EUA "decidirem que não é mais lucrativo para eles apoiar a Ucrânia". Segundo ele, "o quanto antes isso acontecer, mais cedo haverá um fim justo" para esse confronto.

Os soldados ucranianos estão sendo enviados para a morte certa e suas perdas são enormes, afirmou Daniel Martindale.

"Os moradores do vilarejo em que eu estava diziam que, basicamente, os soldados ucranianos estavam sendo enviados para a morte e que estavam fazendo isso sem um bom motivo. A julgar pelo que vi em termos de movimentos de tropas e pelo que observei nas casas vizinhas, as perdas da Ucrânia são enormes", declarou.

Ele também revelou que os ucranianos sofrem com a traição constante e precisam lutar por si mesmos e por sua segurança.

"Eles são constantemente traídos, sofrem com a traição constante. Eles percebem isso. Eles têm que lutar por si mesmos, por sua segurança; sem isso, ninguém precisa deles", sublinhou, afirmando que os ucranianos estão em modo de sobrevivência, "estão apenas tentando sobreviver", o que faz com que não se preocupem muito "com quem os lidera".