China fará usina geotérmica no Quênia, impulsionando a energia renovável na África

A energia geotérmica no país africano ainda tem 90% de seu potencial inexplorado, segundo o presidente queniano, William Ruto.

A China liderará a construção da usina geotérmica Orpower 22, com capacidade de 35 megawatts, no Grande Vale do Rift, no Quênia, como parte de seus projetos de energia renovável na África, segundo informou o South China Morning Post neste sábado.

A usina será de propriedade da empresa chinesa Kaishan Group, que investirá US$ 93 milhões na obra.

Durante a cerimônia de lançamento do projeto, o presidente queniano, William Ruto, afirmou que a nova instalação elevará a posição do país na classificação global de produção geotérmica para o quinto lugar, além de destacar o compromisso do Quênia em explorar seu vasto potencial geotérmico para impulsionar o crescimento econômico.

O Quênia foi o primeiro país africano a aproveitar a energia geotérmica, que utiliza o calor da Terra para gerar eletricidade. Contudo, Ruto ressaltou que apenas 10% do potencial geotérmico do país foi efetivamente explorado até o momento.

A PowerChina construiu no ano passado outra usina geotérmica de 35 MW no Quênia, de propriedade da Sosian Geothermal Power Station.

Essas usinas refletem a crescente presença de projetos de energia renovável construídos ou financiados pela China na África, incluindo iniciativas solares, eólicas e hidrelétricas.

Em 2021, o presidente chinês, Xi Jinping, comprometeu-se a interromper o financiamento de novas usinas de carvão no exterior e a aumentar o suporte a projetos renováveis.

A promessa foi reafirmada em setembro durante a cúpula do Fórum de Cooperação China-África em Pequim, onde parte do plano de ação estabelecia que a China "incentivaria investimentos em uma série de projetos de energia renovável em toda a África".