Mais de 1.400 manifestantes tomam uma unidade militar na Bolívia

Apoiadores do ex-presidente Evo Morales, afirmaram que a medida de força é contra a liberação de vários pontos de bloqueio de estradas em uma localidade boliviana.

Um vídeo sobre a suposta tomada da unidade militar Cacique Juan Maraza, no município de Tunari (Cochabamba), por pelo menos 1.400 manifestantes viralizou nesta sexta-feira nas mídias sociais. 

De acordo com a gravação, os manifestantes são partidários do ex-presidente Evo Morales e supostamente detiveram os oficiais dessa unidade militar localizada na cidade de Ichoa, que fica próxima ao município de Bulo Bulo.

Na gravação, em que um grupo de pessoas pode ser visto do lado de fora do quartel-general militar com bastões, pode-se ouvir: "Viva a luta".

Na sequência audiovisual, a voz de um homem pode ser ouvida, solicitando que um coronel seja informado. "Eles levaram a unidade, o respectivo material de guerra", disse. A pessoa, cujo rosto não é visível, afirma que o comandante da unidade "está com os líderes para ver a situação das armas".

De acordo com outro vídeo, no qual homens uniformizados e membros do regimento militar são vistos em formação, um dos oficiais confirma a tomada de reféns e relata que os manifestantes cortaram os serviços de água e eletricidade. "Nossas liberdades e garantias foram cortadas", diz.

Entre as razões para tal medida de força, diz o oficial militar, está o pedido para "não intervir nos bloqueios" na cidade de Parotani, onde houve confrontos entre os que protestavam contra o governo e as forças de segurança.

Em vista dos bloqueios de estradas, o ministro da Defesa, Edmundo Novillo, afirmou que "a paciência tem um limite", depois de 19 dias desse tipo de ação, razão pela qual afirmou que eles eram obrigados a "tomar medidas" para garantir a livre circulação.