O governo cubano descartou a possibilidade de uma nova interrupção total no Sistema Elétrico Nacional (SEN), apesar de o sistema continuar frágil e com déficit de geração de energia.
Atualmente, não há “condições” para “o SEN cair”, explicou o ministro de Energia e Minas, Vicente de la O Levy, na quinta-feira, em sua conta no X. “O sistema é fraco, há um déficit de geração muito grande, especialmente de combustível, mas não estamos no zero”, afirmou.
De la O Levy acrescentou que as autoridades conseguiram abastecer as “patanas” — barcos com geradores de eletricidade — com combustível e, embora ainda haja uma “situação logística complicada”, o governo está trabalhando para resolver o problema.
Enquanto isso, o jornal cubano Granma relatou uma coletiva do ministro, na qual ele explicou que a falha do SEN foi causada por um déficit total de combustível, o que forçou o país a depender apenas de usinas termelétricas e da Energás para gerar eletricidade. “Não tínhamos geração distribuída, nem as patanas”, disse.
“O maior problema que temos no SEN é o déficit de combustível, que impede manobras para ativar todo o sistema ao mesmo tempo. As quantidades são tão pequenas que, se abastecemos uma área do país, outra fica descoberta, e assim sucessivamente”, explicou o ministro.
Ele também mencionou que muitas usinas termelétricas no país se deterioraram devido à dificuldade do país acessar o mercado internacional, resultado do bloqueio econômico imposto pelos EUA contra a ilha.