Arnold Schwarzenegger, astro de Hollywood e ex-governador republicano da Califórnia, anunciou na quarta-feira que apoiará a candidata democrata Kamala Harris nas eleições presidenciais dos EUA.
Embora o ator tenha deixado claro que seu próximo voto será para Kamala, a maior parte de sua longa publicação na mídia social foi uma crítica à política dos EUA e ao candidato republicano Donald Trump.
"Vou ser honesto com vocês: atualmente não gosto de nenhum dos partidos. Meus republicanos esqueceram a beleza do mercado livre, geraram déficits e rejeitaram os resultados das eleições. Os democratas não são melhores para lidar com déficits e me preocupo com o fato de que suas políticas locais prejudicarão nossas cidades com o aumento da criminalidade", escreveu. Schwarzenegger, que foi governador de 2003 a 2011, também acrescentou que "odeia a política mais do que nunca".
Desencantado com a política dos EUA
Ele observou ainda que a retórica de Trump, chamando os Estados Unidos de "um depósito de lixo para o mundo", o deixou "furioso". "Sempre serei um americano antes de ser um republicano. É por isso que estou votando em Kamala Harris e Tim Walz esta semana", disse.
Ele também alertou seus apoiadores de que um possível retorno de Trump à Casa Branca seria "apenas mais quatro anos de merda sem resultados que nos deixarão cada vez mais irritados, cada vez mais divididos e cada vez mais odiosos".
Assim, Schwarzenegger se juntou a vários republicanos, como o ex-vice-presidente Dick Cheney (durante os mandatos de George W. Bush) e o ex-deputado Adam Kinzinger, entre outros, que decidiram apoiar o candidato democrata nesta eleição.
Briga com Trump
Os confrontos entre Schwarzenegger e o ex-presidente não são novidade, remontando a 2017, quando Trump zombou de seu programa The Apprentice: Celebrities, que anteriormente era apresentado pelo magnata, o que levou a uma troca de palavras. O astro de Hollywood até admitiu, em tom de brincadeira, que queria "quebrar a cara de Trump" na época.
A raiva do ex-ator explodiu após o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Em uma longa publicação nas redes sociais, ele chamou o então ocupante da Casa Branca de "líder fracassado" que será considerado "o pior presidente da história".