Os Estados Unidos se comprometem a apoiar a Coreia do Sul com suas capacidades militares, tanto nucleares quanto não nucleares, declarou o secretário de Defesa Lloyd Austin em uma coletiva de imprensa na quarta-feira.
"Assegurei hoje ao ministro Kim [ministro de Defesa sul-coreano, Kim Yong-hyun] que os Estados Unidos continuam totalmente comprometidos com a defesa da República da Coreia e que nosso compromisso de dissuasão estendida permanece firme", afirmou Austin.
Ele destacou que esse compromisso é suportado por uma ampla gama de capacidades de defesa convencional contra mísseis, além das "capacidades nucleares e não nucleares avançadas dos Estados Unidos".
Austin também anunciou que os dois países voltarão aos exercícios "de larga escala" e "fortalecerão [sua] prontidão combinada e interoperabilidade".
Aumento das tensões
Na quinta-feira, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, confirmou a realização de um lançamento "muito importante" de um míssil balístico intercontinental, cujas características excederam as registradas nos lançamentos de mísseis anteriores.
A Coreia do Norte atribui esse aumento das tensões aos exercícios militares conjuntos realizados por Seul e Washington, que considera como ensaios para uma possível invasão. Recentemente, o país destruiu estradas que levam à Coreia do Sul, interrompendo rotas terrestres entre os dois países.
Além disso, as autoridades norte-coreanas classificaram seu vizinho do sul como "Estado hostil" e acusaram Seul de lançar drones com propaganda contra a Coreia do Norte.