Lavrov chama "plano de vitória" de Zelensky de esquizofrênico

O chanceler russo denuncia a falta de diálogo do Ocidente e afirma que a discriminação contra falantes de russo na Ucrânia é ignorada.

A "fórmula de paz" do líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, promovida pelo Ocidente, é estúpida; enquanto que o "plano de vitória" é esquizofrênico, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, durante a Conferência Internacional de Minsk sobre Segurança Eurasiática, nesta quinta-feira.

"E há algumas semanas, esse cidadão [Vladimir Zelensky] divulgou um 'plano de vitória' igualmente esquizofrênico", declarou Lavrov.

O chanceler russo também indicou que o Ocidente "faz vista grossa a essa flagrante violação" da Carta da ONU pelo "regime racista e russofóbico de Kiev", continuando a promover a "fórmula de paz" estúpida de Zelensky, que pede a rendição da Rússia.

Lavrov ressaltou que o Ocidente ignora há muitos anos a discriminação contra a população que fala russo na Ucrânia, a proibição consistente desde 2014 do uso do idioma russo em várias esferas da vida e a adoção pela Verkhovna Rada (Parlamento ucraniano) de um projeto de lei para banir a Igreja Ortodoxa Ucraniana canônica.

Além disso, o diplomata observou que a "fórmula", o "plano" e as "fantasias sobre a adesão da Ucrânia controlada por Kiev à OTAN ou à UE" não tornaram a paz mais próxima da Europa.

Plano de vitória de Zelensky

O plano, apresentado durante seu discurso à Verkhovna Rada (Parlamento ucraniano), é composto de cinco pontos.

O primeiro diz respeito à geopolítica – convite imediato da Ucrânia para ingressar na OTAN. O segundo e o terceiro estão relacionados à esfera militar, o quarto à economia e o quinto à segurança. De acordo com Zelensky, os quatro primeiros pontos devem ser implementados ainda durante o conflito; o quinto, após o fim do conflito.

Segundo o líder do regime ucraniano, alguns pontos de seu plano também têm anexos secretos, que foram apresentados aos aliados de Kiev.

Em sua opinião, o plano se tornará "uma ponte para a cúpula de paz" e colocará um fim ao conflito "o mais tardar em 2025".