BRICS está perto de ultrapassar G7 em outro importante indicador

Atualmente, o grupo de países responde por 23,3% do comércio mundial de mercadorias, de acordo com um relatório da Ernst & Young India.

O BRICS está remodelando a dinâmica do comércio internacional, com alta probabilidade de ultrapassar os países do G7 em participação nas exportações mundiais de mercadorias até 2026, de acordo com previsões da Ernst and Young India.

A participação combinada dos países do BRICS nas exportações mundiais de mercadorias aumentou de 10,7% em 2000 para 23,3% em 2023.

Em contrapartida, a participação do G7 caiu drasticamente de 45,1% para 28,9% no mesmo período, conforme aponta um relatório divulgado na quarta-feira.

O documento destaca que a maior parte das exportações mundiais do BRICS em 2022 foi composta por têxteis, com 49,6%, seguida por equipamentos de telecomunicações, com 41,3%, vestuário, com 36%, processamento eletrônico de dados e equipamentos de escritório, com 35,7%, e combustíveis, com 30,3%.

Reduzindo o predomínio do dólar

Analistas observam que esses números devem aumentar nos próximos anos, à medida que mais países se juntam ao grupo BRICS+.

"A liderança do G7 na gestão dos assuntos econômicos globais provavelmente será desafiada à medida que a participação do grupo BRICS+ na população mundial, no PIB mundial e no comércio mundial aumentar", afirmam.

Segundo o relatório, as políticas coordenadas do BRICS poderiam, eventualmente, levar a uma redução do predomínio do dólar norte-americano como moeda de troca no comércio internacional e para as reservas cambiais, assim como para o uso do sistema SWIFT, resultando no declínio das economias ocidentais na liderança tecnológica.

Essas previsões estão alinhadas com um relatório do Fundo Monetário Internacional divulgado na semana passada, que indica que o crescimento econômico global nos próximos cinco anos será impulsionado em maior escala pelas economias do BRICS, especialmente Brasil, Índia, Rússia e China, enquanto a contribuição dos membros do G7 – que inclui EUA, Alemanha e Japão – diminuirá.