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Cientistas conseguiram ver a depressão em exames de ressonância magnética

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas e até 2030 poderá se tornar o transtorno mental mais comum do planeta.
Cientistas conseguiram ver a depressão em exames de ressonância magnéticaGettyimages.ru / junce

Cientistas da Universidade Federal do Báltico - Immanuel Kant (BFU), na Rússia, integrando uma equipe de pesquisa internacional, identificaram um marcador biológico associado a transtornos depressivos.

Essa descoberta pode proporcionar diagnósticos mais precisos para a depressão clínica, segundo os pesquisadores. Os resultados do estudo, financiado pela Fundação Nacional Russa, foram publicados na revista Chaos, Solitons & Fractals.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas ao redor do mundo e projeta que, até 2030, pode se tornar o transtorno mental mais prevalente globalmente.

A falta de informações sobre as alterações que ocorrem no cérebro durante o desenvolvimento de transtornos depressivos dificulta tanto o diagnóstico quanto o tratamento adequado da doença.

Atualmente, muitos médicos baseiam seus diagnósticos principalmente em conversas com os pacientes, conforme destacou a BFU.

Os pesquisadores da BFU, em parceria com cientistas da Universidade de Medicina de Plovdiv, na Bulgária, analisaram dados de ressonância magnética funcional do cérebro de pessoas saudáveis em comparação com aquelas que apresentam depressão clínica.

Os achados revelaram que, na depressão clínica, a separação das redes funcionais do cérebro, que conectam diferentes áreas, é menos evidente.

Enquanto, em condições normais, o cérebro processa informações dentro de grupos funcionais locais específicos, na depressão clínica, ocorre um aumento na necessidade de conexões neuronais entre regiões distintas para viabilizar esse processamento.