A espaçonave tripulada chinesa Shenzhou-19 foi lançada ao espaço na quarta-feira com três taikonautas [designação para astronautas chineses] a bordo e se acoplou com sucesso à Estação Espacial Chinesa, informou a CGTN.
O foguete transportador Long March-2F, que possui um histórico de 100% de lançamentos bem-sucedidos desde seu voo inaugural em 1999, decolou com a espaçonave às 4h27 (horário local) do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, localizado no noroeste da China.
Aproximadamente 6,5 horas após o lançamento, a Shenzhou-19 realizou o encontro automatizado e se acoplou com êxito à porta frontal do módulo central Tianhe da estação espacial Tiangong.
Com esse lançamento, segundo a mídia local, o programa espacial da China "alcançou outro marco": enviou ao espaço a primeira engenheira de voo do país, Wang Haoze, nascida em 1990, além do operador de voo Song Lingdong. Para ambos, essa é a primeira experiência no espaço. O comandante da missão, Cai Xuzhe, de 48 anos, já havia participado da missão Shenzhou-14 em 2022.
Após a acoplagem, os três taikonautas ingressaram na Estação Espacial Chinesa, onde se reuniram com seus colegas da missão anterior, Shenzhou-18. Os membros de ambas as missões passarão alguns dias em Tiangong organizando a transferência de tarefas, antes que a tripulação da Shenzhou-18 retorne à Terra em 4 de novembro.
Os taikonautas da missão Shenzhou-19 passarão seis meses em órbita e realizarão 86 projetos de pesquisa científica espacial, além de experimentos nas áreas de medicina, biologia, física fundamental, ciência dos materiais e tecnologia espacial.
Os experimentos da missão Shenzhou-19 também possuem finalidades científicas definidas pela Agência de Voos Espaciais Tripulados da China para a primeira missão lunar tripulada do país e para os testes de voo pré-pouso.